Jogos Teatrais
Por Douglas Tadeu Bottino Ladenthin
O ato de “sonhar” faz com que aconteça uma fusão entre o concreto (nossos sentimentos, nossa sensibilidade que são reais... a pura realidade) e o abstrato (sonhos, fantasias, a imaginação... um outro “plano”. O criar). E a maneira que o teatro sintetiza isso é através da expressão. Expressão esta que nem sempre irá retratar a realidade como a conhecemos (a vida cotidiana, etc.). Mas uma realidade que é intrínseca a cada um de nós, ou seja, aquilo que mais nos influencia e nos conduz.
Cada ser humano possui suas próprias características e formas de interpretação da vida. Nesse processo, os sentimentos se encadeiam num turbilhão de diversas informações que somadas, vão caracterizar o teatro como o conhecemos.
O ato de nos vermos aqui ou acolá, de refletirmos o momento agora ou prever algo que está por vir, e principalmente de percebermos e sentirmos o que nos rodeia a ponto de nos valorizar e fazer com que valorizemos o outro, é que nos permite imaginar, criar, expressar (atores enquanto teatro, educadores enquanto formação e alunos enquanto aprendizagem) e sentir o outro obtendo “resposta” (expectador).
Esta magia da pergunta do ator e da resposta do expectador que caracteriza o jogo no teatro, é que nos remete a velha máxima: “o teatro é a mentira que é verdade”, pois pode nos trazer à tona, a “verdade” através de nosso pensar (reflexão) e de nossa expressão (ação), culminando também na interação (resposta) com o outro (este outro compreende tanto a relação ator x ator e ator x expectador, quanto a relação educador x aluno).
Cultivem o teatro... Nada melhor que vivenciar uma "realidade que é um sonho".
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